Descrição para cegos: Grandes tendas de lanchonetes montadas na Arena de Vôlei de Praia à noite, em Copacabana, no Rio de Janeiro, com bastante gente esperando a vez de ser atendida. |
Por Annaline Araújo
"Parece até um trabalho escravo". Isso foi parte do relato de uma das funcionárias que trabalhou na lanchonete da Arena de Vôlei de Praia, no Rio de Janeiro, durante a Olimpíada. Muitos, como ela, reclamaram das condições de trabalho, como a falta de alimentação adequada. Outros chegaram, inclusive, a abandonar a atividade, o que causou transtorno no serviço aos torcedores.
No intervalo para o almoço, por exemplo, o pessoal recebeu um lanche. Uma atendente revelou que o kit pequeno era montado com um suco de caixinha, um pão com manteiga e um bolinho de baunilha. Mas, segundo os funcionários, quando fecharam o contrato, que foi válido durante o período dos Jogos Olímpicos, prometeram um vale-refeição ou depósito em conta, num valor referente à R$ 20 por dia.
- Foi bem complicado ficar sem almoço. Tinha um refeitório na Arena. Mas foi apenas para o pessoal da Polícia e também os voluntários. Fica difícil a gente se sustentar apenas com essa alimentação - reclamou a funcionária.
Ainda segundo eles, o horário de trabalho não estava sendo respeitado. Embora o acerto para a carga horária era de 8 horas diárias, podendo haver o acréscimo de, no máximo, 2 horas extras, alguns disseram ter trabalhado até 14 horas por dia.
Outra reclamação foi em relação ao acúmulo de função. O atendente (que ganharia R$ 1,3 mil) e o caixa (R$ 1,2 mil) se revezavam nas funções. Tudo por causa da falta de mão de obra.
Diante das queixas e denúncias, a empresa responsável emitiu uma nota oficial informando que "a Food Team foi apenas uma das fornecedoras do evento. A empresa reitera ainda que está empenhada, juntamente com o Comitê Rio 2016, em solucionar todos os problemas operacionais de sua responsabilidade".
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