Descrição para cegos: foto mostra as palavras "fashion revolution" em cor preta, num quadro branco com moldura preta |
Por Lucas Adriel
Saber de onde são nossas
roupas é fácil. Um olhar básico para as etiquetas e logo encontramos a famosa frase
em inglês: made in china (feito na
china), made in Brazil (feito no
Brasil), ou qualquer outro país que a peça de roupa tenha sido feita. No
entanto, por trás da vestimenta há um número demasiado de pessoas que fizeram
com que o produto chegasse naquele modelo, por isso precisamos estar atentos ao
trabalho escravo que ainda persiste na indústria da moda.
Para lutar contra isso, um conselho global de líderes da indústria da moda criou o Fashion Revolution Day. Esta iniciativa teve seu estopim após o desabamento de uma fábrica de roupas em Bangladesh que matou 1333 pessoas, em sua maioria mulheres, pelas péssimas condições estruturais do prédio que as vestimentas eram produzidas. A campanha visa conscientizar a população sobre o quanto verdadeiramente custa a moda e o impacto que ela tem em todas as fases do processo de produção e consumo.
Aqui no Brasil, o evento
está acontecendo em vários estados do país e vai até o dia 30 de abril com
ações realizadas pelos estudantes de moda.
A cofundadora do movimento,
Orsola de Castro, na página oficial do evento, contou que espera que o “Fashion
Revolution Day” aumente a conscientização e inicie um processo de descoberta na
sociedade, para que assim todos entendam que a compra é só o último passo de
uma longa jornada que envolve muitos funcionários. “Nós queremos que você
pergunte: ‘Quem fez minhas roupas’. Essa ação irá incentivar as pessoas a imaginarem o “fio condutor” do vestuário,
passando pelo costureiro até chegar ao agricultor que cultivou o algodão que dá
origem aos tecidos”, disse Orsola.
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