Descrição para cegos: Mão
feminina no chão, segurando comprimidos e com outros em volta.
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Por Amanda Rodrigues
Há uma
imensidão de trabalhos científicos que confirmam a influência das condições de
trabalho na saúde em geral, principalmente na saúde mental. A falta de respeito
por regras básicas de quem trabalha, para além do sofrimento pessoal, faz
despender custos elevados.
Uma
categoria que tem apresentado alta incidência de problemas relacionados à saúde
mental, assumindo à frente na denuncia dos impactos do trabalho sobre a vida
psíquica, é a dos bancários. A
situação dessa categoria se agrava a cada ano, em função do aumento do assédio
moral e de outras formas de pressão psicológica sobre os funcionários, para que
as metas impostas pelos bancos, cada vez mais abusivas, sejam atingidas.
Somente
em 2013, mais de 18 mil bancários foram afastados, de acordo com dados do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), em todo o país. Do total de
auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os
transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que,
de cada dez bancários doentes, cinco são por depressão.
Embora
haja uma resistência do INSS em reconhecer a relação entre as doenças psicológicas
apresentadas pelos bancários e o trabalho no banco, uma doença, em especial,
têm tido fácil vinculação com o ambiente em questão: a Síndrome de Burnout.
Quando
se trata da Síndrome de Burnout, a melhor explicação para tal é o esgotamento
físico e mental causado por excesso de trabalho ou por estresse decorrente da
atividade profissional. Trata-se do nível mais devastador do estresse. Sua
principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico,
provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas
desgastantes.
Estudos
comprovam que, tratar as pessoas com dignidade, traz ganhos consideráveis na
saúde dos cidadãos e poupança em gastos com a mesma. Horários de trabalho com
hora de entrada e sem hora de saída e sem qualquer remuneração ou compensação
extra, trabalho por turnos completamente desajustados e incompatíveis com uma
vida social e familiar normal, trabalho noturno em quem não tem saúde para tal,
coação psíquica e moral no local de trabalho, etc., são alguns dos múltiplos
exemplos do nosso dia-a-dia que provocam marcados estragos e consequentes
doenças psicológicas e físicas, como mostra o caso acima da categoria dos
bancários.
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