quinta-feira, 20 de julho de 2017

Desemprego entre latino americanas e caribenhas

Descrição para cegos: pintura do perfil de uma mulher caribenha, usando um turbante na cabeça e um grande brinco redondo.

Por Amanda Rodrigues

A taxa de desemprego feminino chegou a níveis extremos que não eram vistos faz uma década na América Latina e o Caribe, 9,8%. Durante o último ano, quando o crescimento foi lento, as situações de crise econômica que impactaram estes locais afetaram o mercado de trabalho, acarretando em um incremento abrupto do desemprego e os indicadores de qualidade, situação que acabou afetando principalmente as mulheres.

          Os indicadores laborais na América Latina e no Caribe continuam exibindo grandes desigualdades de gênero no acesso a oportunidades e direitos entre homens e mulheres. Elas têm sua base em um sistema social que reproduz estereótipos e conserva uma divisão sexual do trabalho que limita a inserção trabalhista das mulheres – a afirmação é da Secretária-Executiva da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), Alicia Bárcena.
O Brasil teve a maior taxa de desemprego entre os países da América Latina no primeiro semestre deste ano, com 12,4%, alta de 3,5 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2015, segundo relatório da Cepal e da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT). 
De acordo com José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT na América Latina e Caribe, para que haja avanço na igualdade do trabalho, é preciso combinar diversas estratégias com foco na igualdade de gênero, incluindo políticas ativas de emprego, redes de proteção e novas políticas para crianças e dependentes, estratégias para promover a divisão das responsabilidades familiares, melhorias na formação profissional e educação, além de proporcionar o aumento da segurança social e uma ação firme para combater a violência contra as mulheres, até mesmo no local de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado em breve.