quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Vogue, o preço pago por carregar o nome da marca

   
Descrição para cegos: Imagem mostra a silhueta de cinco mulheres enfileiradas caminhando. Duas delas carregam bolsas

                                                      Por Annaline Araújo

A Vogue, revista de moda feminina mais influente do mundo, publicou no site da edição brasileira alguns requisitos para suas jornalistas. O material foi elaborado pela diretora de redação, Daniela Falcão; a redatora-chefe, Silva Rogar; e a diretora de moda, Bárbara Migliori, tentando revestir de glamour o trabalho na publicação.
Nos pré-requisitos para a profissional da área de comunicação interessada em trabalhar na empresa, constam que precisa se submeter a algumas exigências como a possibilidade de dormir apenas cinco horas por dia, ter boa memória e esbanjar bom humor apesar de ter que acompanhar desfiles e lançamentos de coleções que podem chegar a mais de 20 mil looks mensais.



Diz ainda que também é preciso manter a boa aparência, mantendo-se impecável para estar disponível para selfies que são pedidas pelo simples fato de se trabalhar na Vogue.
Sem contar que a revista requer que o comunicador siga o modelo “multitasking”, ou seja, deve ser uma pessoa capaz de fazer várias tarefas ao mesmo tempo.
No fim, apesar da tentativa de mostrar o quanto é glamorosa a vida de quem trabalha na Vogue, percebe-se que a retribuição exigida para se viver esse glamour é, no mínimo, abrir mão de ter uma vida normal, incluindo lazer desvinculado dos compromissos com a empresa, convivência familiar e com amigos de fora do círculo de trabalho.

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