quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Lazer

Descrição para cegos: ilustração mostra mesa de trabalho onde estão um notebook, óculos, vaso de planta e xícara de café. A mesa é aberta no meio por um zíper que revela uma piscina, um guarda sol de palha e uma cadeira sobre um gramado.
Por Lucélia Pereira
Suspeito que não é à toa que lazer rima com viver. Estou certa que merecemos reverenciar os finais de semana, feriados prolongados e até dias de ócio. Preciso agradecer pelo tempo livre para escrever um poema, ou pensar no que ainda não escrevi.
Reverencio os momentos em que consigo sentir o tédio e fazer absolutamente nada quanto a isso. As tardes olhando pro teto, os domingos de sol, os dias de praia, o espaço fugitivo das lutas diárias.
A pausa para desligar o celular, ignorar as obrigações sociais e profissionais, esquecer das horas e jogar fora os relógios. Sentada, distraída e feliz, a brincar com os filhos e netos, ou parar para ouvir os discos acumulados, faixa a faixa. A alegria servida ainda quente nas folgas aproveitadas para rever os amigos ou viajar.


        Não me culpo por deixar de lado o trabalho, tão necessário para sobreviver, e, por alguns momentos, simplesmente me limitar a VIVER. Folgar, passear, dançar, repousar, divertir, recrear, entreter. Suspeito que não é à toa que lazer rima com viver.

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