Por Lucélia Pereira
Suspeito que não é à toa que lazer rima com
viver. Estou certa que merecemos reverenciar os finais de semana, feriados
prolongados e até dias de ócio. Preciso agradecer pelo tempo livre para
escrever um poema, ou pensar no que ainda não escrevi.
Reverencio os momentos em que consigo sentir o tédio
e fazer absolutamente nada quanto a isso. As tardes olhando pro teto, os
domingos de sol, os dias de praia, o espaço fugitivo das lutas diárias.
A pausa para desligar o celular, ignorar as
obrigações sociais e profissionais, esquecer das horas e jogar fora os
relógios. Sentada, distraída e feliz, a brincar com os filhos e netos, ou parar
para ouvir os discos acumulados, faixa a faixa. A alegria servida ainda quente
nas folgas aproveitadas para rever os amigos ou viajar.
Não me culpo por deixar
de lado o trabalho, tão necessário para sobreviver, e, por alguns momentos,
simplesmente me limitar a VIVER. Folgar, passear, dançar, repousar, divertir,
recrear, entreter. Suspeito que não é à toa que lazer rima com viver.
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