Acidentes de trabalho

Descrição para cegos: foto de 2 trabalhadores da construção civil sem equipamento de segurança, montando uma estrutura de ferro sobre uma plataforma alta de tábuas improvisada. 

Por Marcela Mayara

Com objetivo de proteger o ambiente de trabalho, prevenir acidentes e evitar perdas de mão de obra, o Ministério do Trabalho impõe 36 normas regulamentadorasque servem para orientar as atividades trabalhistas.O não cumprimento dessas normas acarretam penalidades severas a qualquer organização, seja pública ou privada. O empregado também deve seguir as orientações, caso contrário o ato poderá ser considerado faltoso.

Em uma entrevista concedida à TV Brasil, Alessandro Santos de Miranda, Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho de Tocantins, afirmou que o trabalhador, caso não tenha recebido nenhum equipamento de segurança, deve exigi-lo do empregador. Em caso de insucesso, procurar o órgão que realiza a fiscalização. 

         Ele defende a necessidade de mudar a cultura no Brasil referente à segurança do trabalhador, pois algumas empresas não investem em equipamento de proteção por causa dos gastos e o trabalhador por sua vez rejeita certos equipamentos ou descumpre normas por buscar comodidade.

O procurador-chefe ressaltou que a construção civil se destaca no tocante a acidentes de trabalho, com muitas ocorrências de adoecimento, morte, queda de altura, choque elétrico e soterramento.

O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho foi lançado numa quinta, 27 de abril deste ano. O lançamento foi uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) junto a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O observatóriodispõe dos registros de todos os casos brasileiros de acidentes de trabalho desde 2012 até o dia de hoje.

Segundo seu quadro estatístico, ocorreram 13.498 mortes acidentárias notificadas. Com relação às causas de acidente, corte e laceração detém os índices mais altos, registrando 544.308 casos.

No que se refere ao afastamento de funcionário, o índice entre oshomens é o mais alto, correspondendo a 70,22%. O índice de afastamento das mulheres representa 29,78% dos casos. Já as taxas de afastamento por acidentes são mais altas do que as taxas dos afastamentos por doenças. Para saber mais, clique aqui.