segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Relembre: há um ano portaria publicada pelo MTE queria relativizar a escravidão


    

Descrição para cegos: Trabalhadores perfilados carregando inchadas em plantação. Foto: Brasil Repórter
Por Lucas Macieira

    O Brasil é o país da América Latina que, em número absolutos, lidera o ranking de pessoas em condição de trabalho análogo à escravidão. Há exatamente um ano este tema foi muito discutido, sobretudo depois do Ministério do Trabalho e Emprego publicar, no diário oficial da época, uma portaria que mudava a interpretação do que era considerado trabalho escravo no país.
    Uma das mudanças de resolução na portaria dizia que os trabalhadores que se submetessem a condições degradantes de trabalho ou jornadas muito longas e exaustivas não estariam caracterizadas como escravos, salvo quando tivessem privado o direito de ir e vir. Ou seja, nessa interpretação, escravidão apenas se houver cárcere.
    Raquel Dodge, em seu primeiro ato como procuradora-geral da República, encaminhou um ofício ao MTE pedindo a revogação da portaria. Dodge disse que a interpretação de trabalho escravo deve se estender também à dignidade humana, não se limitando ao “ir e vir”. Confira as consequências da repercussão e mais informações da desistência do governo brasileiro no link.

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